Equipes criticam cobertura politizada da mídia para gp do bahrein
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no último final de semana, o gp do bahrein foi cercado de tensão e medo devido ao atual momento político pelo qual passa o país, com manifestações em praticamente todas as cidades do reino. dado esse cenário, o debate político se tornou inevitável, mas após a passagem do gp, os chefes das equipes da categoria criticaram a cobertura da mídia para o evento.
“eu não deveria dizer isso, mas a mídia não pode fazer o que fez. há várias questões do país para corrigir, mas há problemas em todos os países, mesmo na inglaterra, na frança e em outros países europeus. a dramatização excessiva foi definitivamente errada”, comentou eric boullier, chefe da lotus. “a fórmula 1 é um esporte e deve ser visto assim. sabemos o quão importante foi para o bahrein ter feito esse evento, o maior do ano, a fórmula 1 não pode ser usada como ferramenta política”.
christian horner, diretor da red bull, afirmou que não teve muito tempo no final de semana para se preocupar com as notícias sobre o país, mas acha errado que a fórmula 1 tenha sido forçada a entrar no debate político.
“é difícil pois é possível ver muito entusiasmo das pessoas com a fórmula 1 em várias cidades e zonas do país. não é certo que a fórmula 1 seja arrastada para um grupo político”, lembrou. nosso foco era vir aqui e fazer bem o nosso trabalho, e estou feliz por dizer que nós conseguimos”.
na quarta-feira, o carro que levava mecânicos da force india de volta para o hotel quase foi atingido por um coquetel molotov disparado por um manifestante. mesmo assim um dos diretores da equipe, bob fernley, disse que é possível encontrar aspectos positivos no final de semana.
“estou surpreso com tudo isso, pois acredito que, apesar das críticas e de alguns outros problemas, bernie ecclestone e jean todt tomaram uma posição visionária”, comentou. “tivemos problemas que podemos melhorar para o próximo ano, mas não podemos olhar para trás com arrependimento. devemos estar orgulhoso pois a fórmula 1 teve coragem de ir até ir para lá e força suficiente para abrir um debate, que é o que eles precisam”.