Ele viveu por seu sonho
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dezembro de 1993
o telefone toca.
depois de tanto tempo no japão, seria a chance que tanto esperava. era nick wirth, dono de um novo time na f1. a tarefa, nas palavras do dirigente, parecia simples. deveria reunir uma certa soma em dinheiro para fazer parte do projeto simteck.
então, roland ratzenberger inicia uma corrida contra o relógio.
antes mesmo das festas de fim de ano, vai em busca de amigos e patrocinadores. consegue, com uma executiva monegasca, parte do dinheiro necessário. mas, ainda não basta. precisa de mais. afinal, como sobreviver sem nenhum tostão no bolso?
assim, vai a áustria, onde coloca a casa e o fusca à venda.
fevereiro de 1994
mal podia acreditar quando adentra o autódromo enzo e dino ferrari. aquele é o dia mais feliz de sua vida. porém, depois de tanto sacrifício, teria poucas chances para provar que não era velho demais para continuar na categoria.
seu contrato na simteck prevê a realização de cinco corridas. mas, aquele era seu momento. finalmente está dentro do cockpit de um f1. agora, era o momento de acelerar.
30 de abril, 1994
pressão.
já havia queimado uma chance no brasil, quando não se classifica para a corrida. não consegue se perdoar. no gp do pacifico termina na 11ª colocação. um verdadeiro feito, em razão dos inúmeros problemas apresentado pelo s941. mas, será que os dirigentes das grandes equipes teriam notado sua performance?
com essa e muitas outras dúvidas, ratzenberger coloca as luvas e a balaclava. vai para a pista fazer novamente a diferença.
tragédia
a tragédia de ratzenberger acontece aos 18 minutos do treino oficial, quando seu carro passa reto pela curva villeneuve, em ímola, a 320 km/h. as câmeras pegam o exato momento em que o carro, desgovernado, pára atravessado na pista.
após 12 anos, o circo convive novamente com uma tragédia. as entrevistas coletivas são suspensas. sua morte é anunciada às 15h05, horário local. e, como em uma tragédia, no mesmo palco de sua estreia.
1º de maio
ainda existem dúvidas em relação ao acidente. o francês jean alesi*, que assistia os treinos de uma tribuna, revela que presenciou o momento em que uma parte da asa do simteck se solta. um fotógrafo italiano resolve a questão, pois havia registrado o momento em que ratzenberger atinge em cheio uma zebra.
pressionado por ecclestone, nick wirth anuncia que participa da corrida com david brabham. em respeito à memória de roland, vamos participar da corrida. não há razão para que desistirmos. roland amava as corridas e acreditamos que o desejo dele seria de que prosseguíssemos com a batalha .
com um olhar distante, ayrton senna se acomoda dentro do cockpit. inclusive, já havia preparado sua homenagem no caso de vitória. carregava, consigo, uma pequena bandeira da áustria. para ratzenberger restaram as notas de rodapé. afinal, era um mero desconhecido do grande público.
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*jean alesi recuperava-se de um acidente sofrido em mugello, durante testes da pré temporada.
**durante o tempo em que esteve no japão, roland pagou para o jornalista adam cooper escrever seus press-releases. o piloto utilizava essa ferramenta para manter dirigentes e jornalistas informados de suas performances. temia que sua carreira caísse no ostracismo. foi assim que nick wirth o descobriu no japão.
*** a frase de sua lápide é o título desse texto.
****ah, sim. o texto foi elaborado com base em inúmeros depoimentos do jornalista adam cooper, frequentador e colaborador do fórum atlasf1.
autor: felipão (http://blogsportbrasil.blogspot.com/)
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o que importa de fato é que o cara chegou lá . lutar não é o problema , o problema é realizar .
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muito louco o texto
de fato, o importante é que ele conseguiu chegar onde queria.
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com certeza esse fds foi macabro, o pior do automobilismo sem dúvidas..
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e só o eclestone foi ao enterro dele, pois o resto estava no do senna.
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mto legal o texto.
parabens ao autor.
só cheguei tarde, então não consegui ver as fotos.
abs