Artigo sobre carros esportivos
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**bom pessoal, primeiramente peço desculpas pela demora ao apresentar meu primeiro artigo sobre carros esportivos. ultimamente tenho tido pouco tempo para usufruir dos prazeres da internet, mas essa semana consegui adequar meu horário de acordo com o possível.
em segundo lugar quero agradecer aos amigos que me convidaram para fazer parte deste grupo e dizer que minha contribuição é humilde, mas fruto de esforço e de pesquisa.
venho apresentar um prólogo ainda não concluído, uma introdução ao assunto que pretendo abordar, colocando alguns traços históricos para que seja esclarecida a essência de um automóvel destinado ao esporte. depois vou adicionando outros artigos com conteúdos mais específicos a respeito de cada modelo tratado no artigo.
abaixo segue apenas o começo do meu primeiro trabalho que devo concluir ainda nessa semana e gostaria que todos aqui se sentissem à vontade para sugerir modificações, acrescentar informações e corrigir erros de qualquer natureza. o meu muito obrigado e um abraço a todos.**
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é com um prazer imensurável e com sinceros agradecimentos que venho humildemente participar desta seção do fórum a convite do amigo vinícius (caracolkkk) e conversar um pouco de um assunto que gosto muito, carros esportivos. inicialmente a idéia era trazer à pauta os nossos queridos esportivos dos anos 80 no brasil, mas como as oportunidades de falar sobre vários carros, inclusive importados, são palpáveis resolvemos por estender um pouco mais o assunto. e começo falando um pouco sobre a essência da esportividade aplicada ao automóvel, depois, em outros artigos, passo a falar especificamente de alguns modelos. espero conseguir sintetizar o conteúdo, mas ao mesmo tempo enriquecer com detalhes e histórias sem ser maçante. conto com a paciência daqueles que se interessam pelo assunto e aconselho seguir em frente com a leitura. um forte abraço a todos.
carro. por si só já traz em sua essência algo visceral, intrínseco, essencial constituído por um conjunto de performances engenhosas criadas por mentes em constante progressão e que possuem a capacidade de conceber algo único. formado por vários sistemas mecânicos, hidráulicos e elétricos - sem falar nos acabamentos, finalizações e infinitos cálculos ergonômicos e de segurança - um carro deve ter tudo isso funcionando sincronizado e ainda contar com uma harmonia entre design e funcionalidade.
talvez toda essa curiosa complexidade seja o grande motivo para o entusiasmo relacionado a carros em todas as culturas e economias pelo mundo afora, que se manifesta independentemente do tipo do automóvel, seja antigo, moderno, grande, pequeno, caro, barato, etc.
mas além da sublime síntese da representatividade de um carro no mundo dos transportes algo surge como um shangri-la para os mais empolgados por velocidade: o carro esportivo. não é apenas um meio de transporte ou um objeto prático, versátil. é mais que isso o termo “esportivo” tem ligação lógica com disputa ou competição. segundo o dicionário aurélio significa “relativo a esporte” ou “próprio de quem é esportivo” e nos dá perfeita noção para o que o objeto se propõe, ou seja, promover desempenho ou simplesmente diversão. esse é o âmago de um instrumento construído para mostrar que vai além do que sua proposta original esboçava.
logo que surgiram os primeiros carros no mundo - assim como os primeiros aviões – o ímpeto dos inventores era sempre o de bater recordes (os próprios ou de outros). na corrida pelo equipamento mais avançado, ou potente, disputas foram travadas para que engenheiros demonstrassem o potencial prático da sua cria ao transportar cargas ou pessoas, encurtando distâncias com velocidade e baixo custo. anteriormente, cavalos eram a solução para percorrer longos trechos e puxar equipamentos como arado, mas com a revolução industrial no século xviii o acesso a materiais, forjas e tornearias se tornou viável, o que possibilitou a construção de máquinas fantásticas. e como num passe de mágica, engenhocas podiam se mover sozinhas, queimando lenha e fervendo água desencadeando um processo cinético ainda não visto.
seguindo um ritmo tecnológico desenfreante as carroças movidas a vapor adquiriram velocidade e mais adeptos ao seu desenvolvimento, o que de forma irreversível culminou no conhecido motor de ciclo-otto. esse passo tecnológico foi decisivo na era dos automóveis, possibilitando o desenvolvimento de motores robustos e de desempenho satisfatório. e nesse contexto seguia o desenvolvimento de chassis e carrocerias que se adequassem ao dimensionamento de motores cada vez mais fortes.
diante do pleno avanço das máquinas, homens destemidos se confrontavam em disputas por cada quilômetro por hora conseguido na velocidade final. depois vieram disputas por posições, encabeçadas pela resistência dos materiais e o constante desempenho. como sempre, tudo numa máquina de competições se voltava para a funcionalidade deixando a concepção básica – como o peso leve – ser ditada pela necessidade.
a evolução era uma questão de tempo, e em menos de 50 anos foram criadas competições cujo romantismo fora visto somente em corridas de cavalos. categorias como a f-1 e famosas corridas como mille miglia apareceram como o topo do mundo automotivo e traziam a primazia do esporte movido a motor.
logo o objeto do sucesso das fábricas enfronhadas em competições passou de “tão caro” e “tão rápido” para “possível” às mãos dos consumidores fanáticos, que já podiam comprar um instrumento de prazer e de status. as marcas fabricantes como alfa romeo, maserati e ferrari passaram a ter em seu cerne o desenvolvimento de carros com proposta exclusivamente esportiva. eram máquinas rústicas que pouco ajudavam os pilotos, mas traziam na bagagem muitos cavalos. a bem da verdade, acabamentos não eram esmerados como em carros de luxo e segurança não existia, mas a mecânica era impecável – na medida do possível.
tem destaque nesse contexto um episódio de indignação de um dos principais clientes de enzo ferrari. certa vez um tal feruccio lamborghini ao reclamar a enzo sua insatisfação com os padrões de acabamento de um exemplar ferrari recebeu a seguinte resposta: “você entende de tratores, não de carros. eu vendo motores, o carro vai de brinde”. em 1963, lamborghini, que fabricava tratores, mudou de ramo e deu origem a um dos mais famosos esportivos da década de 60, o 350gt. mais tarde fabricou o mítico miura, que como todo bom esportivo tinha algum defeito grave: pegava fogo facilmente
por outro lado algumas fábricas se preocupavam em manter a esportividade e o desempenho equilibrados com todas as outras qualidades do carro. nomes como bugatti, jaguar e aston martin estão sempre associados a carros com desempenho infame e ao mesmo tempo de fabricação irretocável. algumas obras de arte a serem citadas vão desde um bugatti type 57c superchager de 1938 até o jaguar xk 120 de 1948, passando pelo aston martin db4 e 5 de1963, entre outros.
(…) - aqui entra um parágrafo de ligação com a próxima abordagem.
(…) num carro normal o motorista abre sua porta com uma chave normal, assenta no comum banco de pano, olha para um painel resoluto e sem mera expectativa melódica vira a ignição e ouve um som ordinário. ao começar seu “movimento continuamente variado” se depara com comandos leves e intuitivos, como câmbio, volante e pedais suaves e um rodar macio e silencioso digno de uma carruagem real. a resumir todo o exagero para fazer criança dormir é só dizer o nome de um carro: del rey. tudo bem, que foi um carro bonito, confortável e bem acabado, mas muitos concordam que dava sono. (esboço)
(continua)