Conversão palio 1.6 16v p/ álcool
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gostaria de uma ajuda dos nobres colegas
possuou um palio 1.6 16v 2001 coletor de plástico, gostaria de converter o mesmo para álcool sem taxar o cabeçote, seria isso possível so através de chipo e gostaria de saber, qual o bico injetor compatível para esse motor? se exite algum bico injetor de algum carro que possa ser usado nesse motor, sem ocasionar quaisque problemas
grato pela antencção
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fiz no 1.6 16v e num uno 1.6rmpi e ficou beleza.
mas lendo num tópico no streetsampa eu achei isso aki :
álcool x gasolina
como está em alta aqui a conversão de motores a gasolina para usar álcool como combustível, resolvi escrever este artigo para que se possa ter uma noção dos problemas que podem ocorrer nesta transformação.
acho que a melhor forma de fazer isto é explicar as diferenças entre os combustíveis e o que isto pode acarretar no comportamento de um motor ciclo otto.
assim, quem quiser converter o motor pode te uma idéia dos problemas que podem ocorrer e por que eles ocorrem.
a gasolina:
a gasolina não é uma substância pura: é uma mistura de centenas de hidrocarbonetos que têm entre 3 a 12 carbonos, proveniente de uma faixa da destilação do petróleo. há componentes mais leves e mais pesados na gasolina. conforme o tempo passa, os mais leves se evaporam, deixando apenas os mais pesados. por isso se diz que a gasolina ficou velha ou estragou . em aproximadamente 2 meses, a gasolina muda sua composição por causa da evaporação dos componentes leves, sobrando os mais pesados, que costumam ter octanagem menor. por isto é que a gasolina velha pode causar batidas de pino no motor. normalmente, quanto maior o número de carbonos na cadeia (mais pesada a molécula), menor é a octanagem: por isto o querosene e outros solventes, se misturados à gasolina, fazem o motor bater pino . estes componentes mais pesados também têm uma vaporização mais difícil. quando expostos ao calor em estado líquido, vão se degradando e formam a conhecida borra de gasolina. a gasolina vendida no brasil tem, por lei, 22% de álcool etílico em volume na sua composição, para reduzir a emissão de poluentes. outra coisa que não se fala (não sei por que…) é que a gasolina, por conter hidrocarbonetos aromáticos (como o benzeno) na sua composição, é cancerígena, especialmente se inalada em excesso. com certeza não há estudos sobre isto (não interessa que haja...), mas a incidência de câncer entre os frentistas, que trabalham expostos aos vapores da gasolina, provavelmente é muito mais alta do que no resto da população.
o álcool:
o álcool, ao contrário da gasolina, é uma substância pura (etanol), embora seja encontrado nos postos como sendo uma mistura de 95% de etanol e 5% de água, em volume. é uma molécula cuja fórmula é c2h5oh. por ter oxigênio na composição, a molécula ganha uma polaridade que faz com que o álcool seja líquido à temperatura ambiente (o etano, c2h6 é um gás) pela maior coesão entre as moléculas. é um combustível que não deixa borras, sendo bem mais limpo que a gasolina, ao contrário do que se pensava nos primeiros anos do proálcool. tem a desvantagem de ser mais corrosivo no estado líquido que a gasolina, o que demanda um tratamento anticorrosivo nos metais que têm contato com o álcool em sua fase líquida, normalmente através de um revestimento com um metal que não reaja com ele, como o níquel, usado para revestir o zamak dos carburadores.
as diferenças entre os combustíveis:
-poder calorífico (capacidade de gerar energia)
o álcool, por conter oxigênio na molécula, tem um poder calorífico menor que o da gasolina, uma vez que o oxigênio (34,7% do peso molecular do etanol é oxigênio) aumenta o peso molecular, mas não produz energia. isto explica a menor km/l de um motor a álcool em relação ao mesmo motor a gasolina. o álcool hidratado (95%) produz a energia de 20,05 mj/litro, enquanto a nossa alcoosolina (22% de álcool) produz 27,57 mj/l. por aí já se vê que a 1 litro de gasolina produz 37,5% mais energia do que 1 litro de álcool: daí, em um motor com o mesmo rendimento térmico, um motor a gasolina que fizesse 10 km/l iria fazer 7,27 km/l de álcool.
proporção estequiométrica:
o álcool tem proporção estequiométrica de 8,4:1 (8,4 partes de ar para cada parte de álcool) em massa, enquanto a gasolina tem 13,5:1. para a mesma massa de ar, é utilizado 60% a mais de massa de álcool. em volume, é necessário mais 43% de álcool do que de gasolina. por isto, bicos para álcool tem que ter uma vazão em torno de 50% maior do que bicos para gasolina. uma coisa interessante que decorre disto é a seguinte: apesar de a gasolina fornecer mais 37,5% de energia, o fato de ser necessário 43% a mais de álcool para a mistura faz com que um motor ganhe em torno de 5% de torque e potência só de passar a queimar álcool.
octanagem
o álcool tem um maior poder antidetonante do que a gasolina. enquanto a gasolina comum tem 87 octanas, o álcool tem o equivalente a 110 octanas. isto significa que ele consegue suportar maior compressão sem explodir espontaneamente. isto faz com que um motor a álcool possa ter uma taxa de compressão maior do que um motor a gasolina. enquanto as taxas para gasolina variam entre 9 e 10,5:1, as taxas para álcool ficam entre 12 e 13,5:1. como o rendimento térmico de um motor (rendimento térmico é quantos % da energia do combustível é transformada em movimento pelo motor) aumenta conforme aumenta sua taxa de compressão, os motores a álcool tendem a ter um rendimento térmico maior do que um motor a gasolina, compensando parte do menor poder calorífico. assim, nosso motor não faria apenas 7,27 km/l, faria algo entre 7,5 e 8 km/l, devido ao melhor aproveitamento da energia do combustível. a velocidade da chama do álcool é menor, demandando maiores avanços de ignição.
calor de vaporização
o álcool tem um calor de vaporização de 0,744 mj/l, enquanto a gasolina tem 0,325mj/l. isto quer dizer que o álcool necessita de mais do que o dobro de energia para se vaporizar. esta vaporização acontece dentro do coletor de admissão, nos carros carburados e com injeção monoponto. a energia para vaporizar é conseguida através do calor do motor, que também aquece o coletor. porém, ao se vaporizar, o combustível diminui a temperatura do coletor, pois está roubando energia. não é difícil concluir que o álcool rouba mais que o dobro de energia, diminuindo muito mais a temperatura do coletor. se a temperatura cair muito, o combustível não se vaporiza mais e caminha em estado líquido pelo coletor, causando uma súbita falta de combustível na mistura, fazendo o motor falhar. para evitar isto, faz-se passar água do radiador pelo
coletor de admissão, para aquecê-lo. este aquecimento é muito mais necessário em um motor a álcool, pela sua maior demanda de energia para vaporizar-se.
ponto de fulgor
uma explosão é uma reação em cadeia. quando uma molécula de combustível reage com o oxigênio presente no ar, ela gera energia, que faz com que a molécula vizinha também reaja e por aí vai. o ponto de fulgor é a temperatura a partir da qual pode haver uma quantidade suficiente de combustível vaporizado a ponto de gerar uma reação em cadeia. bem, o ponto de fulgor do álcool é 13ºc. isto significa que não é possível haver combustão do álcool abaixo desta temperatura. isto explica por que
é necessário usar gasolina para a partida a frio em motores a álcool em temperaturas baixas. o ponto de fulgor da gasolina pura é de aproximadamente -40ºc.
estas 2 propriedades acima decorrem do oxigênio presente na molécula do álcool, que a polariza. isto faz com que a força de coesão entre as moléculas seja maior do que as da gasolina, que se mantém líquida pelo maior peso de suas moléculas, apolares em sua grande maioria. a menor atração molecular da gasolina é que faz com que esta tenha menores calor de vaporização e ponto de fulgor.
resumo:
pelas razões explicadas acima, podemos concluir que, para fazer um motor a gasolina funcionar com álcool, precisam ser feitas as seguintes mudanças:
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taxa de compressão (para aproveitar a maior octanagem)
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proporção de combustível (43% maior, por causa da relação estequiométrica)
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curva de avanço de ignição (menor velocidade de chama)
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aquecimento do coletor em coletores úmidos (carb. e monoponto) (maior calor de vaporização)
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sistema de partida a frio (alto ponto de fulgor)
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niquelamento do carburador (em carros carburados)
o item 1 pode ser conseguido através da utilização de pistões mais cabeçudos ou rebaixamento do cabeçote. e os itens 2 e 3 são feitos remapeando o chip de injeção ou troca de giclês/distribuidor.
autor: route
edit: mgr
valores aproximados de octanagem;
tabela de octanagem
tipo combustível –- nº de octanos (no)
gasolina comum -- ---------- 87
gasolina premium ---------- 91
gasolina podium ----------- 95
álcool ----------------------- 110
*octanagem mede a dificuldade para auto-detonação sobre pressão.
**gasolina aditivada contém aditivos detergentes e dispersantes que evitam o acúmulo de depósitos no sistema de alimentação porém ao contrário do que muitos pensam gasolina aditivada não tem mais octanos que a comum.
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possuou um palio 1.6 16v 2001 coletor de plástico, gostaria de converter o mesmo para álcool sem taxar o cabeçote
o básico:
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ajuste no tempo de injeção, ou aumento na vazão dos bicos (teoricamente entre 40 e 45%)
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avanço no ponto de ignição e ajuste em toda a curva de avanço
tem quem altere tb o ponto do comando, nos dohc seria interessante pensar em avançar o comando de admissão, caso seja seguro.
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o básico:
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ajuste no tempo de injeção, ou aumento na vazão dos bicos (teoricamente entre 40 e 45%)
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avanço no ponto de ignição e ajuste em toda a curva de avanço
tem quem altere tb o ponto do comando, nos dohc seria interessante pensar em avançar o comando de admissão, caso seja seguro.
alterar o ponto do comando de adm trás algum benefício tbm nos sobrealimentados?
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alterar o ponto do comando de adm trás algum benefício tbm nos sobrealimentados?
td é questão de testar.
diz a lenda q nos vw 16v tem quem use comando de escape no lugar do de admissão, ficando assim com dois comandos de escape no cabeçote.