Óbvio tem novo dono e quer produzir carros elétricos no brasil
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óbvio tem novo dono e quer produzir carros elétricos no brasil
2/08/2010
lembra-se da montadora fluminense óbvio que planejava vender minicarros no mercado americano através da zapo
pois então, quase morta, a óbvio mudou de mãos com a venda da tritec e com a crise mundial. agora, um novo dono chega para dar nova vida à marca nacional.
o grupo europeu cappadocia adquiriu a óbvio e seu projeto, pretende investir em uma fábrica de carros elétricos no brasil e em kits de conversão elétrica para automóveis comuns.
o plano é abrir uma fábrica para vender carros elétricos no país e exportar para todo o mundo, especialmente japão, europa e eua.
já existem oito cidades que se candidataram a ter a nova fábrica da óbvio , já que a antiga pertence ao governo do estado do rio de janeiro.
kit de conversão e híbridos a etanol
a cappadocia quer investir também no desenvolvimento de kits para converter carros à combustão em elétricos com mercado projetado em 100.000 automóveis por ano.
além disso, a óbvio vai comercializar versões híbridas de seus modelos no país e fora dele.
para maximizar a tecnologia dos híbridos e kits de conversão, a cappadocia está querendo comprar ações da tutto trasporti – empresa gaúcha responsável pelo desenvolvimento de ônibus híbridos e células de hidrogênio.
ela também quer adquirir parte da h&s tecnologias para ter acesso ao motor a gás de etanol (pré-vaporizado). esse motor desenvolvido pela empresa de bento gonçalves – rs será utilizado nos híbridos da óbvio
a gevco, empresa da inglesa lotus, também é alvo da cappadocia para distribuição de carros híbridos no país e no exterior.
fábrica
a cappadocia quer investir r$70 milhões na primeira fase da fábrica da óbvio , onde serão feitos inicialmente 10.000 veículos ao ano. depois, mais r$140 milhões serão injetados para fazer a produção chegar a 70.000 unidades/ano.
os modelos-base do projeto cappadocia-óbvio são o 828 e o 012, igualmente adquiridos pelo fundo de investimento britânico.
mas há um porém em tudo isso. para que a óbvio produza no brasil os 828 e 012 em versões elétrica e híbrida com etanol como gerador, o país terá que definir uma política para o carro elétrico.
o grupo britânico quer que o país defina isso até o final do ano, pois caso contrário vai levar o projeto brasileiro para o méxico, costa rica ou curaçao, países que a cappadocia também negocia.
com uma política totalmente contrária ao veículo elétrico, o brasil poderá perder este importante investimento estrangeiro e também a capacidade de desenvolver a tecnologia deste segmento.
tudo isso é o que lula prega ao defender incentivos ao programa tecnológico do governo, mas se não conceder benefícios fiscais para o desenvolvimento dos elétricos, a óbvio vai arrumar as malas e sair daqui.
atualmente, poucos estados concedem alguns benefícios aos carros elétricos, mas só a alíquota de ipi dos mesmos é de 25%. um popular flex paga apenas 7%. mesmo com ipi zero, o carro elétrico precisará de mais incentivos para se tornar viável.
preço
a óbvio não esconde o alto custo do carro elétrico na atual realidade do mercado nacional, mencionando que os preços oscilaram entre r$60.000 e r$120.000 dependendo do modelo.
mas com o aumento da capacidade produtiva, o custo deverá ser significamente reduzido.
agora vemos que existe pelo menos uma empresa interessada em unir o etanol – inclusive com tecnologia mais avançada – e o carro elétrico no brasil, tanto para vender como para exportar.
é isso que o governo quer e agora que já temos um candidato. então já não seria à hora de apressar as discussões para que tudo isso vire realidade antes que o tempo passe e a oportunidade seja perdida?
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120 mil… quero dois, um verde e um vermelho por favor...  < êta smile bravo sô
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carro elétrico não compensa.