Como um cadáver pode ajudar a tornar o seu carro mais seguro
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como um cadáver pode ajudar a tornar o seu carro mais seguro
uma das características mais amplamente divulgadas no ford explorer 2011 são seus novos cintos de segurança traseiros infláveis. o que não foi tão falado assim foram os meios utilizados ajudar a torná-los realidade: cadáveres humanos. entenda como as companhias discretamente utilizam pessoas mortas para tornar seu carro mais seguro.
quando as montadoras e advogados de segurança apresentam ao público os resultados dos testes de colisão, invariavelmente são exibidos filmes mostrando carros vazios ou ocupados por bonecos - nos anos 1980, eles até transformaram os bonecos em adoráveis personagens de desenho animado. a indústria só não gosta muito de falar em quanto das inovações trazidas à segurança foram construídas testando cadáveres.
desde os anos 1930, quando os pesquisadores na wayne state university jogaram pela primeira vez um corpo no poço de um elevador, pretendendo descobrir que tipo de forças ele seria capaz de suportar, os cadáveres têm sido essenciais para tornar o ato de dirigir mais seguro. cada parte de um carro que precise de segurança envolvida utiliza conhecimentos científicos provenientes de testes com cadáveres, para que se possa ter certeza de que funcione.
“ainda é muito importante”, diz priya prasad, anteriormente pesquisadora em segurança sênior na ford. “mesmo que tenhamos chegado a um excelente nível em modelagem humana, ainda não chegamos a esse ponto”.
as companhias preferem manter seus nomes longe dessa encrenca. quando um pesquisador sueco revelou a um jornal em 2008 que general motors e saab utilizavam cadáveres em pesquisas, ambas negaram prontamente a história. e até certo ponto, é verdade: as montadoras não possuem os recursos médicos necessários para realizar testes com cadáveres.
mas as universidades possuem. a nhtsa apoia um grande número de testes com cadáveres ao longo dos eua todo ano, e muitas dessas instituições também recebem ajuda das montadoras. e os dados obtidos podem ser amplamente compartilhados.
é o caso dos cintos de segurança infláveis da ford, que vem testando essa ideia há vários anos. o explorer 2011 será o primeiro veículo a oferecê-los, e a companhia os considera o destaque dos opcionais de segurança, para competir com os outros veículos familiares.
porém, antes de o sistema ser aprovado para venda, a ford precisava responder inúmeras perguntas. o fato de os cintos contarem com airbags nao necessariamente significa que eles automaticamente serão mais eficientes ao proteger os passageiros de ferimentos do que os cintos convencionais. poderia até ser pior: o que aconteceria a uma criança que estivesse dormindo com o cinto de segurança quando este inflasse?
a maioria dos testes da ford utilizam a família de bonecos desenvolvida pela indústria, incluindo bonecos que imitam crianças. mas sem um teste com um cadáver, a ford não saberia com certeza como um cinto inflável afetaria órgãos e tecidos internos.
em um teste com cadáveres típico, como esse que ilustra a matéria, realizado pelo instituto de pesquisas em transporte da universidade de michigan, os pesquisadores envolvem o corpo em bandagens, incluindo o rosto - tanto por razões científicas como para respeitar os mortos. os braços e mãos - se existirem - são amarrados para evitar que se movam durante uma colisão simulada, e sensores registram as forças atuando sobre várias regiões.
após o teste, os pesquisadores provavelmente utilizaram raios-x e autópsias para examinar os danos sofridos pelo cadáver. a ford compartilhou os resultados com a nhtsa, porém solicitou que eles fossem confidenciais - significa que não podemos acessá-la via ato de liberdade de informação. mas os cintos estarão no carro, então podemos presumir que os testes foram bem-sucedidos.
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as universidades que realizam os testes possuem procedimentos padrão para o manuseio dos cadáveres, que apagam todos os rastros do processo, desde informar às pessoas ligadas ao doados sobre o destino do corpo até a eliminação dos restos mortais._
o porta-voz da ford, wes sherwood, disse que a companhia, assim como o resto da indústria, vem tentando introduzir a modelagem digital para testes de colisão assim que possível. é bem mais barato realizar milhares de simulações com um computador, utilizando um wireframe digital, do que fazer apenas um teste com bonecos. e ainda assim, ambos os testes soam menos desconfortáveis ao público em geral se comparados a um teste de colisão envolvendo um corpo que um dia esteve vivo e respirando. não é surpreendente o fato de que ninguém se dispusesse a falar publicamente sobre seu uso contínuo, ainda que extremamente necessário.
“se existir uma necessidade específica [para um teste com cadáver], procuraremos fora da companhia por alguém que possa ajudar, mas a maior parte de nosso trabalho é digital”, diz sherwood.
albert king, um professor em wayne state que tem trabalhado em pesquisas com cadáveres desde 1966, disse que os testes em universidades vem caindo em número nos últimos anos; costumavam-se realizar em média um teste por mês, agora são dois ou três por ano, quando muito. king estima que tais testes tenham salvo 8.500 vidas por ano.
o principal motivo? após seis décadas, já não há muito o que avançar em segurança dentro do carro. com até mesmo veículos compactos oferecendo oito airbags (nos países desenvolvidos, claro), a maior parte das pesquisas se concentram antes de tudo em como prevenir colisões.
“temos quase toda informação de que precisamos”, diz king. “o resto é feito pelo computador.” mas não são apenas os carros que se beneficiam. os pesquisadores se voltaram para o trabalho com cadáveres em wayne state para projetar capacetes que evitem concussões em jogadores da nfl (a liga de futebol americano dos estados unidos). a nasa já utilizou cadáveres em testes de impacto no passado, e estudos patrocinados pelo departamento de defesa dos estados unidos conta com as experiências com cadáveres para entender melhor os traumas cerebrais causados por ferimentos.
prasad ainda afirma que por melhores que sejam os modelos feitos em computador, eles ainda não captam a essência exata das reações do tecido humano.
“é sempre uma boa ideia realizar testes com cadáveres ao desenvolver algum produto”, conclui.
ou seja, fomos salvos muitas vezes por pessoas mortas…
i see dead people…
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prefero que meu cadaver seja usado para algo assim do que servir de comida para vermes.
É meio sinistro… não concordaria em ser usado, mas felizmente ou infelizmente existe estoque se é q posso chamar assim...
e de uma forma ou de outra os vermes nos comerão hehehe
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já está morto mesmo…
se for corpo de politico ou de bandido, com certeza será mais útil morto do que vivo.
melhor vivo… um crash a 190 em um bloco de concreto solido.
pois é, isso seria uma pena de morte bacana, em vez de injecao letal, cadeira electrica etc, usa os vagabundo para crash test… se morrer, paciencia... se sobreviver, vai usando ate acabar.. hehehehehe
sera que os direitos humanos gostariam da ideia?
abraços
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já está morto mesmo…
se for corpo de politico ou de bandido, com certeza será mais útil morto do que vivo.
melhor vivo… um crash a 190 em um bloco de concreto solido.
pois é, isso seria uma pena de morte bacana, em vez de injecao letal, cadeira electrica etc, usa os vagabundo para crash test… se morrer, paciencia... se sobreviver, vai usando ate acabar.. hehehehehe
sera que os direitos humanos gostariam da ideia?
abraços
bota eles também.
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já está morto mesmo…
se for corpo de politico ou de bandido, com certeza será mais útil morto do que vivo.
melhor vivo… um crash a 190 em um bloco de concreto solido.
mas politico so serve pra fazer crash test do tata, ai sim, empurra o tata a 190km/h contra o pão de açucar.