Êxodo de brasileiros em 2009 e é recorde na década
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êxodo de brasileiros volta a ganhar força em 2009 e é recorde na década
publicação: 22/11/2010 09:32 atualização: 22/11/2010 09:48
apesar da crise nos países ricos, o êxodo de brasileiros para o exterior voltou a ganhar força em 2009 após cair em 2008 e atingiu o maior patamar da década, sugere um levantamento realizado a partir do saldo de entradas e saídas nos aeroportos brasileiros.
em 2009, o número de passageiros que entraram e saíram do brasil por via aérea apontou para uma saída líquida de aproximadamente 90 mil pessoas.
no ano anterior, os números revelavam um fenômeno inverso. o saldo foi negativo, indicando que, em 2008, cerca de 28 mil pessoas a mais entraram no país em relação aos que saíram.
“(o ano de) 2008 foi claramente um ano especial. a crise veio muito forte e atingiu o mercado de trabalho, principalmente nos países para onde a migração estava se dirigindo. em 2009, a saída líquida voltou a aumentar. foi uma velocidade surpreendente , considera victor hugo klagsbrunn, autor do levantamento que aponta para o que o autor chama de saldo migratório , calculado com base em dados da agência nacional de aviação civil (anac).
o pesquisador ressalta que os números não devem ser tomados como um indicador absoluto, mas servem como termômetro para identificar tendências na migração de brasileiros – movimento que carece de indicadores oficiais.
desinformação
o saldo positivo de 2009 após a queda em 2008 surpreende quando se compara o desempenho das economias ricas com a brasileira. enquanto o brasil começava a sair da crise em 2009, registrando um crescimento de 0,2% no produto interno bruto (pib), a crise atingia em cheio os países ricos. a economia da união europeia, por exemplo, principal destino de brasileiros em busca de uma vida melhor no exterior, teve queda de 4,2% em 2009. nos estados unidos, a queda no pib foi de 2,4%, e no japão, de 5%.
de acordo com williams gonçalves, professor de relações internacionais da universidade estadual do rio de janeiro (uerj), um dos fatores que podem explicar essa aparente contradição é a falta de informação sobre a gravidade da crise entre os novos imigrantes.
“estive recentemente em portugal e encontrei gente arrumando as malas para voltar, dizendo que a situação econômica está muito ruim. ao mesmo tempo, encontrei muita gente chegando. são pessoas que formam a ideia de que o mercado lá fora é melhor e vão, sem nem saber direito da crise”, conta.
klagsbrunn aponta ainda uma outra explicação para o fenômeno. a despeito do crescimento da economia brasileira, para muitos, tentar a vida no exterior ainda parece uma opção melhor. para ele, a redistribuição de renda com o bolsa família e o aumento do salário mínimo beneficiou a classe baixa, mas uma grande parcela da classe média permanece sem perspectiva de crescimento no brasil.
“perguntam por que o pessoal continua saindo se o brasil está bombando. não é bem assim. muita gente, por exemplo, tentou a ascensão social por meio do curso universitário, mas não conseguiu e ficou sem perspectiva”, diz.
histórico
saiba mais… [mesmo em crise, países ricos ainda oferecem vida melhor, dizem imigrantes](mesmo em crise, países ricos ainda oferecem vida melhor, dizem imigrantes) [mesmo em crise, países ricos ainda oferecem vida melhor, dizem imigrantes](mesmo em crise, países ricos ainda oferecem vida melhor, dizem imigrantes) segundo klagsbrunn, os dados da anac indicam que o êxodo de brasileiros tomou força a partir de 1980. desde então, a tendência mais ampla tem sido de uma saída líquida positiva.
o saldo migratório só se tornou negativo em três momentos (1998, 2001-2004 e 2008), sempre associados a crises internacionais. a inversão mais drástica veio em 2001, quando os atentados de 11 de setembro de 2001 em nova york estancaram o forte fluxo de migração que se dirigia para os estados unidos.
diante do maior controle de fronteiras nos eua, a emigração brasileira logo mudou de alvo. a partir de 2005, voltou a ganhar força puxada pela chegada maciça de brasileiros à europa.
década
entre 2001 e 2009, o saldo migratório para a europa foi de mais de meio milhão de pessoas. o número permanecia positivo e seguia crescendo até 2008, quando foi praticamente zerado. em 2009, o saldo foi negativo para alemanha, espanha e reino unido. mas voltou a crescer para frança e portugal.
outra tendência crescente ao longo da última década foi o aumento do saldo migratório para américa central e méxico. de 2001 a 2009, 95 mil pessoas partiram de aeroportos brasileiros, sem retorno, para a região.
“isso indica o uso de rotas alternativas para chegar ao eua”, diz klagsbrunn, lembrando que o panamá e outros países passaram a ser procurados depois que o méxico introduziu o visto obrigatório para brasileiros, em 2005.
com os estados unidos, os dados indicam que o saldo de passageiros entre 2001 e 2009 foi negativo, com cerca de 300 mil pessoas a mais tendo chegado ao brasil do que saído. o movimento de queda continuou após a crise de 2008, mas apresentou recuperação em 2009, embora o saldo continue negativo.
oportunidades
a busca por melhores oportunidades fora do brasil se traduziu em um êxodo que já dura três décadas. hoje, o ministério das relações exteriores estima o número de brasileiros no exterior em cerca de 3 milhões.
para chegar a uma estimativa mais precisa deste contingente, o censo do instituto brasileiro de geografia e estatística (ibge) incluiu em sua enquete de 2010, pela primeira vez, uma pergunta sobre o assunto. em cada domicílio, os recenseadores perguntaram se havia alguém vivendo no exterior e em qual país.
“esses movimentos de saída afetam algumas estatísticas fundamentais para o brasil, como as projeções de população”, justifica marco antonio alexandre, coordenador técnico do censo 2010. as informações devem ser divulgadas apenas em 2011.
além de possibilitar projeções, o censo deve trazer dados sobre o perfil dos migrantes, indicando faixa etária, os destinos preferenciais e os fluxos emigratórios concentrados a partir de municípios específicos.
tirem suas conclusões.
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na terça vi a reportagem sobre o resgates dos mineiros no chile, no canal national geographic, e uma das coisas que me aguçou foi o poder (ou posse) de tecnologia que eles possuem. logo após o resgate, saiu uma reportagem na veja sobre o chile, a economia, e a impulsão que o país teve quando privatizou suas empresas.
fala-se tanto que a perobas (sim, sem o t) é uma empresa de ponta, e blah blah blah, mas não se fala em desenvolvimento de tecnologia, e sim acúmulo de capital. para uma empresa estatal, vejo isso como um requisito básico. se não for assim, privatiza
voltando onde eu queria chegar. é um país que está na minha vista.
tá, eles falam espanhol, mas, não são espanhóis nem argentinos. ponto positivo.
a economia deles vem crescendo. ponto positivo.
fica longe do brasil. ponto positivo.
fica colado na argentina. ponto negativo.
até onde eu sei, chile e eua possuem um tratado de livre comércio . ponto positivo.
está entre os 5 paises com a menor taxa de criminalidade. ponto positivo.
é um país bem mais civilizado que o de vocês (brasil). ponto positivo.
acho que vou para lá.