Tendências do mercado automobilístico brasileiro para 2013
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fotos: divulgação
a indústria automobilística brasileira pode comemorar o natal e a passagem para 2013, pois os incentivos do governo com a redução do imposto sobre produtos industrializados é ipi, que começou em maio de 2012, garantirá ao setor um crescimento em torno de 4% sobre o ano anterior.
ainda é cedo para qualquer diagnostico sobre como será o desempenho das vendas de automóveis em 2013. porém, os fatores críticos de sucesso e oportunidades, que mais poderão influenciar o segmento, são: do lado bom para as vendas, temos o retorno gradativo do ipi (janeiro, por exemplo, será de 2% para carros 1.0); ampliação da carteira de crédito ao consumidor; taxas de juros atrativas e a provável expansão do produto interno bruto (pib) em 2013, em relação ao ano anterior.
em 2013, 60% dos carros terão que sair de fábrica com air bag e freios abs
já os fatores que mais poderão impactar negativamente os desempenho das vendas, especialmente na segunda metade de 2013, são: a retirada total do benefício do ipi; possibilidade de restrição ao crédito (caso a inadimplência continue subindo) e eventuais problemas econômicos.
algumas montadoras deverão continuar crescendo, enquanto outras encontrarão dificuldades. como se sabe, em 2013, 60% dos carros devem sair de fábrica equipados com air bag e freios abs. montadoras como a hyundai, toyota e nissan já incorporaram esses itens em seus veículos, mas a maioria, inclusive as quarto grandes (fiat, vw, gm e ford) terão de se adaptarem.
a capacidade produtiva da indústria automobilística brasileira crescerá mais de um milhão de unidades
naturalmente, esses itens aumentarão seus custos e elas terão que encontrar uma maneira de não aumentar o preço ao consumidor, para não perder participação de mercado. apenas para lembrar, juntas a sul-coreana hyundai e a japonesa toyota aumentaram a capacidade produtiva brasileira em 220 mil unidades. além disso, a renault está ampliando a sua capacidade de produção em 120 mil unidades, passando a 320 mil unidades/ano.
pensando em 2014, a chery estará pronta para produzir 150 mil veículos. a chinesa jac acrescentará mais 100 mil unidades, a nissan inaugurará a sua fábrica com capacidade para 200 mil carros e a fiat em pernambuco está sendo projetado para 250 mil unidades.
os números revelam que o mercado brasileiro pode absorver em torno de 15 milhões de carros adicionais
somadas, chegaremos ao final de 2014, com mais de hum milhão de unidades no mercado se comparados com a capacidade de junho 2012. no brasil, atualmente, há uma automóvel para cada seis habitantes. na argentina por exemplo, é um para quatro e nos estados unidos em torno de um para um. isso significa que para chegar ao indicador, por exemplo, da argentina precisaremos acrescentar em torno de 15 milhões de carros nas ruas brasileiras. haverá ruas para tudo isso? isso é uma outra história!
neste contexto, a mudança no quadro de participação de mercado das marcas, será inevitável. quem tiver produtos de qualidade, preços competitivos e capacidade de atrair e conquistar o consumidor vencerá a batalha. porém, quem mais tem a ganhar com tudo isso é mesmo o consumidor, que poderá contar com carros melhores e mais promoções.
feliz natal e um extraordinário 2013,
evaldo costa – escritor, conferencista e diretor do instituto das concessionárias do brasil