Coluna alta roda “ provisório ou definitivo?
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foto: divulgação
janeiro concentrou acontecimentos no universo automobilístico como faz tempo não se via. há uma coincidência fortuita, claro, mas entre as cinco medidas que começaram a valer, duas já sofreram adiamento e outra enfrentou uma tentativa. seria trágico, se não desse vontade de rir: esse é o país em que o provisório tende a ser definitivo e o definitivo pode muito bem descambar para o provisório por meios de sucessivas postergações e/ou correções. vamos repassar.
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a lei que criou a obrigatoriedade dos freios abs e bolsas de ar frontais correu risco de ser empurrada para a frente. primeiro se cogitou de todos os modelos e depois de abrir exceção só para a kombi. bom senso prevaleceu graças à reação da opinião pública, apesar de momentos festivos de final de ano. desta nos livramos. modelos produzidos até 31 de dezembro de 2013 poderão ser vendidos até o final dos estoques, sem data definida. é improvável que ao final de fevereiro ainda existam unidades à venda. o governo não se mexeu para criar um cronograma adicional que estabeleça testes de colisões laterais, contra poste e simulação de choque traseiro.
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simulador de direção nas autoescolas, sem dúvida, é uma boa ideia. facilita o aprendizado do aluno e aumenta a segurança no trânsito porque aulas práticas não conseguem reproduzir todas as condições de risco no dia a dia. a lei é de junho de 2013 e implantação prevista até 31 de dezembro do ano passado. resultado mais do que previsível: apenas cinco estados regulamentaram o sistema. e são paulo, o maior da federação, acaba de pedir adiamento por 90 dias. os argumentos da maioria, todos inválidos, vão desde o acúmulo de pedidos nos fornecedores até o aumento de 20% na despesa dos alunos.
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pela quarta vez se adiou a instalação obrigatória na linha de montagem de rastreadores veiculares. novamente o sistema não mostrou confiabilidade. essa foi uma má ideia porque os problemas nas grandes cidades são diferentes no interior do país e todos os veículos ficam onerados da mesma forma. tal equipamento deveria, quando muito, ser opcional. existe, ainda, um programa paralelo de etiqueta digital para fiscalizar pagamento de impostos e multas. mais barato, abrange toda a frota circulante em pouco tempo, ajudando no combate a furto e roubo.
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primeira tentativa séria de regulamentar os desmanches de carros foi feita pelo governo de são paulo. trata-se de uma medida bem mais eficaz para desestimular a criminalidade. prevê cadastramento das empresas, acompanhamento pela internet, novas exigências de rastreamento das peças e proíbe seu repasse para comercialização por terceiros. componentes de segurança como freios, sistemas eletrônicos (abs e outros) e módulos ou sensores de airbags não poderão ser vendidos.
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multas por videomonitoramento. está aí uma novidade sem o menor risco de ser adiada. publicada em 23 de dezembro do ano passado, autoriza o agente de trânsito a multar por meio de telas que recebem imagens de câmeras nas estradas e ruas. única concessão: placas que avisam sobre vigilância na via. imagens não podem ser gravadas e a possibilidade de erro de leitura não se deve desprezar.
roda viva
continuam especulações sobre o preço da versão de entrada do vw up!, substituto do gol g4, mas de dimensões externas menores. o carro, um dos principais lançamentos do ano, estará à venda em fevereiro. agora já se sabe que custará menos de r$ 27.000. mais ousados preveem a faixa de r$ 25.000. último preço de tabela do gol antigo/4-portas: r$ 27.810.
movimento para abrigar importadores e marcas que também produzirão no brasil levou a abeiva a mudar estatutos e de nome. passa a se chamar abeifa, mas o problema de representatividade limitada continuará. contra o gigantismo da anfavea só se metade dos sócios atuais mudassem de entidade, o que parece bastante duvidoso.
primeiro sedã da mercedes-benz abaixo do classe c, o cla herdou as linhas do cls, um belo sedã-cupê. modelo está indo bem em vendas no exterior, vendido em média a 10% menos do que o c. aqui, a série inicial custa r$ 150.500 e terá de enfrentar, além do a3 sedã, o próprio classe c (com preço de mudança de linha) e outros. pelo estilo conquistará fãs.
motor turbo de 156 cv do cla, abaixo dos padrões da marca, não chega a decepcionar. aerodinâmica excelente (cx 0,23), comportamento em curvas irrepreensível e acabamento são pontos altos. tela multimídia (com gps, sem toque tátil) e faróis bixenônio contrastam com ausência de função digital (automática) do ar-condicionado, do banco elétrico e de sensores traseiros.
geely, sétima marca de automóveis chineses no brasil, começa com o sedã médio-compacto ec7, em março. preço (completo) na faixa combativa dos r$ 50.000, para tentar incomodar civic, corolla, c4, focus e 408 entre outros. a marca, dona da sueca volvo, não esconde que pretende se associar ao grupo gandini (40% do capital) para construir fábrica no país.
contatos do autor: rb.roj.nomlacnull@odnanref e www.twitter.com/fernandocalmon
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