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Avaliação - fiat punto blackmotion 1.8 16v (flex) dualogic 2014

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    mlbimmer
    escreveu em última edição por
    #1

    fotos: marcus lauria

    não há outro compacto mais democrático no mercado brasileiro quanto à variedade de versões e motores quanto o fiat punto. me faz lembrar a época aonde podíamos comprar um vw gol com propulsores 1.0 16v, 1.0 turbo, 1.6, 1.8 ou 2.0. desde a raquítica attractive 1.4, passando pela essence 1.6 e as esportivadas sporting e blackmotion 1.8, com ápice na turbinada t-jet, o fiat punto nos permite ampla liberdade de escolha, sem precisar optar por outro carro.

    testamos o punto blackmotion, que traz o mesmo ajuste mecânico da versão sporting, mas difere-se na roupagem, ao adotar os apêndices visuais da esportiva t-jet, ou seja, para-choques dianteiro e traseiro modificados e apliques aerodinâmicos sem função prática. sedutor, o modelo atrai olhares nas ruas, embora o punto já tenha uma longa história em nosso mercado e, mesmo com o último face-lift, conserva as mesmas linhas desde sempre.

    seu preço começa em r$ 50.550 e já vem bem equipado com ar-condicionado, direção hidráulica, trio elétrico, rodas de liga aro 16, entre outros. mas para levar para casa um punto blackmotion como o nosso (que não era black), adicione r$ 1.100 da cor cinza scandium, r$ 2.396 do câmbio dualogic plus + seletor dna, r$ 179 do cruise control, r$ 391 dos paddle shifters, r$ 1.695 do kit full 1 (ar digital, sensores de chuva e crepuscular), r$ 4.312 do kit stile 1 (teto solar e blue&me) r$ 2.156 do kit stile 2 (bancos em couro) e r$ 456 do alarme, totalizando salgados r$ 63.245. com seis airbags e rodas aro 17, sai por inacreditáveis r$ 67.554.

    logo ao entrar no carro nota-se o acabamento bem resolvido, bem como o interior aconchegante e os bancos dianteiros com excelente apoio para o corpo. achar a posição ideal de dirigir é moleza, afinal o punto possui amplas regulagens da coluna de direção e de altura do assento. o espaço para as pernas na dianteira também é amplo, embora o sky window roube um pouco de espaço para a cabeça. já na traseira a situação é complicada, até passageiros com 1.70 m sofrem com o rebaixamento do teto por causa do teto solar duplo, e o espaço para as pernas é ruim.

    a visibilidade é boa, sem qualquer dificuldade para regular os amplos retrovisores externos. e graças aos apoios de cabeça do tipo vírgula no banco traseiro, a visibilidade pela vigia traseira é plena, embora conte também com o auxílio útil do sensor de estacionamento com indicador gráfico. apesar de suas dimensões reduzidas, o punto tem um diâmetro de giro elevado, de 10,9 m, o que resulta em mais manobras dentro de garagens apertadas. o peso da direção hidráulica é regular, dentro da média.

    girar a chave na ignição faz com que um ronco suculento invada a cabine, fruto de algum trabalho da fiat no sistema de admissão e de escape, reforçando a idéia de modelo esportivo, evocando o espírito italiano do carro. o ronco grave se faz presente nas baixas rotações, afinando conforme os giros sobem, com um resultado bem interessante, que acaba por convidar o motorista a esticar mais as marchas e obter o rendimento ideal do propulsor 1.8 16v e.torq, que gera 130/132 cv de potência @ 5.250 rpm e 18,4/18,9 kgfm de torque @ 4.500 rpm (com gasolina/etanol, respectivamente), e se revela apenas cumpridor da tarefa de carregar os 1.229 kg do modelo.

    o carro traz como cereja do bolo o seletor dna, que chegou primeiro por aqui no punto t-jet, e oferece três modos de condução: dinâmico, normal e autonomia. o sistema atua no mapeamento da injeção eletrônica, resposta do acelerador e respostas do câmbio dualogic plus. no modo dinâmico, as trocas de marcha em modo automático são feitas em giros mais elevados, com respostas bem ariscas do acelerador. enquanto o modo normal perde um pouco da esportividade, o modo autonomia chega a ser irritante pela morosidade das respostas do acelerador e do câmbio, embora seja o único a mostrar um interessante econômetro na tela do computador de bordo.

    rodando na cidade, o punto mostra um ajuste agradável de suspensão, com pneus 195/55 r16 pirelli cinturato p7. a altura de rodagem não é problema, embora o spoiler dianteiro possa raspar em algumas protuberâncias mal projetadas. como o motor não traz comandos de válvula variáveis nem na admissão, nem no escape, há uma leve morosidade em baixos giros, obrigando o motorista a subir mais os giros para acompanhar o trânsito. apesar da evolução do câmbio dualogic plus, o que significa menos trancos, o câmbio ainda se perde em alguma situações. mas o condutor irá relevar esse fato graças à qualidade de vida a bordo, com bancos confortáveis, ar-condicionado bem dimensionado e ao sky window, seja fechado ou aberto. graças ao vidro bem escurecido deste teto solar, dias ensolarados não serão problema para o conforto térmico dentro do carro.

    em uso rodoviário o carro roda com suavidade, sem deixar de ter ótima estabilidade nas curvas (embora seja bem dianteiro no limite), fruto de um acerto refinado de chassi e suspensão. o nível de ruído é muito baixo e a solidez do compacto é exemplar.  quando exigidos, motor e câmbio trabalham bem, especialmente em ultrapassagens na estrada, ganhando velocidade com folga. o conjunto de freios se mostrou bem dimensionado, sem apresentar tendência significativa ao fading mesmo quando requisitado em uma descida de serra. o abs atuou com louvor, sem trepidação excessiva e entrando em ação no momento certo. para o preço do carro, faz falta a presença de controles de tração e estabilidade.

    ao fim de cerca de 1100 km de teste, o punto blackmotion apresentou um consumo médio de 7,7 km/l com etanol e 9,2 km/l com gasolina, com uso em rodovias por 70% do percurso. testamos também a diferença do modo autonomia para o dinâmico, e o modo autonomia (por ironia) consumiu mais etanol (6,6 km/l contra 6,9 km/l) em um percurso similar de 8 km na cidade, com tráfego livre.

    embora o punto blackmotion seja um carro com boas qualidades, na prática seu preço elevado acaba atuando como seu maior inimigo. considerando o preço básico de r$ 50.500, o carro não traz nada de especial para enfrentar a concorrência de rivais como ford new fiesta, peugeot 208 e citroen c3 em suas versões mais completas, com preço similar. apesar da teórica vantagem do motor 1.8, seu desempenho não se destaca perante a concorrência, que traz motores 1.6 mais modernos, bem como são mais leves. o apelo de compra do punto blackmotion é apenas emocional, por conta de seu visual esportivo, mas se o comprador exagerar nos opcionais, o punto t-jet, esportivo de verdade, começa a se tornar interessante.

    continua na página 2

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