Coluna alta roda extra - proteção invisível
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foto: divulgação
uma das maiores preocupações de segurança no tráfego urbano é proteger usuários mais expostos: pedestres, ciclistas, cadeirantes e quem apresenta dificuldade de locomoção ou qualquer deficiência sensorial. na europa ocidental esse sentimento tornou-se tão agudo que os fabricantes precisaram mudar o projeto frontal de todos os modelos para tentar diminuir as consequências de atropelamentos. ainda assim são 8.000 mortes por ano, mas a frota real circulante passa de 300 milhões de veículos, o que significa números relativamente baixos.
principais iniciativas estão na alemanha. entre elas o ur:ban (acrônimo em alemão para área urbana: gerenciamento de rede e sistema de assistência focado no usuário) reúne 30 parceiros, desde 2012, liderados pela daimler e com apoio financeiro parcial do ministério da economia e tecnologia.
até agora os programas de detecção de perigo e de frenagem automática, que já equipam até carros europeus de preço menor, só evitam colisões com pedestres e ciclista em linha reta. um dos projetos desenvolve um sistema de reconhecimento por imagem mesmo em trajetória de curva do veículo. detecta posição ou atitude de pedestres, motociclistas, ciclistas e até de crianças brincando.
o novo método combina padrões de comportamento empíricos a informações detalhadas, por meio de sensores, do perfil do pedestre e seus movimentos de cabeça e pernas. quando integradas aos sensores de arredores, aos movimentos do próprio veículo e ao seu espaço dentro da faixa de circulação, permitem determinar o risco potencial de modo preciso e robusto.
pesquisadores, na realidade, consolidaram os resultados obtidos de câmeras de vídeo estereoscópicas e radares (ambos presentes em vários automóveis) de forma a monitorar tudo em torno do veículo. significa identificar de forma instantânea a posição, tipo, tamanho e movimento de todos os usuários das vias e também obstáculos fixos como carros estacionados, calçadas e postes, além de pedestres parados, andando ou correndo. dessa forma, o carro só seguirá em frente se nada puder interromper sua trajetória.
outra frente de estudos, à parte do ur:ban, é da universidade técnica de muenchen, também na alemanha, com parceiros da indústria automobilística. ela desenvolveu um sistema de assistência a bordo, menos sofisticado e de menor custo, que identifica com precisão pedestres ou ciclistas, mesmo que estejam totalmente encobertos (ver ilustração). para tanto, pessoas e veículos precisariam usar um transponder, ou seja, dispositivo de rádio transmissor/receptor que responde a sinais específicos, semelhante ao utilizado nos aviões para evitar colisões aéreas.
trata-se de instrumentos extremamente precisos, da ordem de centímetros e de milionésimos de segundo, para medir distâncias entre objetos. pode ser calibrado para alertar o motorista e/ou iniciar uma freada emergencial, especialmente em áreas residenciais.
outra possibilidade é o transponder, fácil de carregar em bolso ou mochila, ser substituído pelo telefone celular. essa solução parece mais adequada porque seu uso está praticamente generalizado. bastam apenas pequenas mudanças nos aparelhos e um dos grandes fabricantes de telefone já se interessou pelo projeto.