olá a todos. estou acompanhando a discussão e vi que nesse fórum tem um pessoal com um nível técnico muito bom.
vou dar a minha opinião sobre o assunto, principalmente o original do tópico.
primeiramente vou dizer que não simpatizo com o sr. césar marques e também não simpatizo com quem simpatiza com ele. mas ignorando esse fato, e tentando não ser parcial, há logica no funcionamento de seus produtos.
sobre a ignição: penso que um sistema de maior potência de ignição sempre será vantajoso, até em carros originais. em motores modernos de alta compressão, com sistemas estáticos e com bobinas individuais acopladas diretamente às velas essas diferenças deverão ser mínimas, ou até imensuráveis, mas é fato que não haverá prejuízos. em motores com sistemas de ignição mais primitivos (platinado) as diferenças serão óbvias, principalmente em altas-rotações, onde não há tempo para a bobina carregar-se totalmente e a tensão de cada centelha acaba diminuindo.
as melhorias em motores com bom sistema de ignição original serão muito mais no nível de emissões (conforme mostrado naquele laudo de inspeção veicular) e na economia do que na potência. e se devem principalmente à duração da centelha e à melhor queima em situações de mistura pobre (maior parte do regime comum de uso - quando o carro não estiver em wot - e onde a ignição do combustível falha mais). por isso as diferenças em torque máximo (medição de dinamômetro) talvez não sejam mensuráveis.
alguns afirmam que há diferenças na impressão subjetiva de aceleração (o motor responde mais rápido), mas isso se deve ao avanço do ponto causado pelo maior gap usado nas velas de quem modificou a ignição. mas essa resposta mais rápida não significa necessariamente maior potência, nem melhores tempo de aceleração.
em motores modificados, a grande densidade de mistura ar-combustível pode fazer nessário o uso de ignição com maior tensão para manter os valores originais do gap.
sobre o meg: é um sistema bem simples, funciona controlando o tempo de injeção de um injetor extra e também atrasa o ponto de ignição conforme regulagem. o sistema entra em funcionamento a partir da detecção de pressão positiva na admissão do motor, até esse ponto o carro fica usando somente o sistema original da injeção. não tenho mais detalhes, mas acho que ele ajusta o tempo de injeção conforme a rotação.
ele realmente funciona, mas é um sistema bem simples e tem suas limitações. não há comparação com uma injeção moderna bem programada, até por isso o fato de o cesar marques (que não é burro, pelo contrário) se enrolar tanto para fazer o desafio com o gaúcho.
mas como o nível médio de preparação no brasil é bem ruim, o meg realmente deve funcionar melhor do que a maioria do que se vê por aí.
para concluir: sobre o fato de valer a pena a compra dos produtos, isso cada um decide.
não esqueçam de julgar, além do preço, a qualidade de montagem (vide a foto anterior) acabamento, facilidade de instalação, suporte ao consumidor, controle de qualidade, problemas crônicos (dissipação ineficiente de calor na ignição) e além de fatores mais subjetivos como simpatia com o cm, disposição a ser ofendido, sujeitação a ameaças, etc, etc.