Fórmulas de um cabeçote preparado
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oi moçada, dei uma passada aqui e vi o tópico. tanto o fernando quanto o milan estão corretos: tem cálculo, tem intuição e tem experiência.
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há outros detalhes: frh ou frv, zona de squish, parede de deflexão, secção transversal do duto e outros detalhes específicos de cada cabeçote e sua respectiva proposta
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orra veio, falei que era complicado, a unica coisa que sei oque significa é duto e cabeÇote!!!kkk
o casantosef podia dar uma digerida nesta frh ou frv, zona de squish, parede de deflexão, secção transversal do duto.
sempre é bom aprender um pouco mais!!!!kkkkk
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fernando, ele ja deu num outro tópico, até nos ensinou a fazer alguns calculos rsrsrs…
tipo um bom exemplo é o cabecote de chevette,,, um tem defletores, outro nao porque? justamente para mudar o comportamento do carro no mesmo motor.
zona de squish se nao me engano é "onde vai espirrado" a mistura...
tipo uma coisa que nego fazia muito, polimento dos dutos..... nego fazia isso como se fosse magica nos carburados, mas ficava uma merda, ( o meu é assim uahuahuahua)...
só é bom quando larga o pé
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há alguns meses(acho que há 11 meses), um amigo chegou em minha casa com um cabeçote retrabalhado por ele(mecânico preparador) e que, segundo o próprio dono, não rendeu o esperado. ele assistiu e seguiu todas as dicas do tonella (aliás, são muito úteis), usou um banco de fluxo e mesmo assim não obteve ganho significativo.
sabendo disso, fiquei curioso e resolvi investigar.
o cabeçote em questão pertencia a um ecosport 2.0 16v.
quando se pega um cabeçote multiválvulas, deve-se atentar para um detalhe que considero primordial: a mistura não entra no cilindro do mesmo modo que em um cabeçote 8v (1 válvula de admissão e 1 válvula escape por cilindro).
num cabeçote ap, fusca e cht tem em comum o fato do fluxo entrar no cilindro de maneira circular e horizontal. a essa forma de passagem da mistura nós chamos de fluxo rotacional(frv).
enquanto que em um cabeçote 16v o fluxo é também circular, porém, vertical. ao alterar o perfil do duto sem respeitar estas características o prejuizo, em termos de desempenho, aparece imdiatamente.
o motivo é que a mistura deixa de ser homogênea(combustível e ar bem misturados). assim, algumas partes da câmara queimam mais rápido enqaunto que em outra a queima é mais lenta.
isso altera a velocidade de frente de chama tornando o cabeçote suscetível a trincas.
o meu amigo fez a seguinte pergunta:- mas eu fiz o retrabalho e o banco apresentou um ganho de fluxo de quase 12% mantendo a velocidade de admissão, ou seja, a vazão aumentou. só que o motor não mostrou esse ganho no dinamômetro.
só que se a mistura não está bem atomizada(muito homogênea), não há ganhos tão significativos, mesmo aumentando o fluxo. e não vai adianta por sistemas de ignição parrudos sem que a mistura não seja direcionada para o local certo pra iniciar e terminar a queima bem.
o local escolhido para a vela de ignição não escolhido de maneira aleatória e uma das funções da zona de squish é justamente espremer a mistura em direção à vela para aumentar as chances de uma queima mais eficiente.
partindo desse pressusposto, peguei um líquido fotorreagente e pulverizei na admissão do cabeçote ligado ao banco e conectado ao banco usei um cilindro de acríclico com um diâmetro próximo da camisa original.
o resultado foi instantâneo: o líquido não se espalhava e ficava impregnado imediamente na direção adjascente às válvulas de admissão.
ele retrabalhou o cabeçote onde não deveria afim de ganhar fluxo. como o banco de fluxo mede a vazão, a paressão e velocidade de admissão é função do preparador buscar e analisar outros parâmetros que possam alterar o desempenho do motor.
- mas eu fiz o retrabalho e o banco apresentou um ganho de fluxo de quase 12% mantendo a velocidade de admissão, ou seja, a vazão aumentou. só que o motor não mostrou esse ganho no dinamômetro.
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exatamente… vazao nao é tudo.
É muito dificil , acho que é a parte mais difíceis nos calculos que estão presentes na engenharia de um motor.
e, como no caso do amigo do casantosef, fez m = lixo.... pode tentar dar soltas em retifica e tudo mais que jamais será a mesma coisa.
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a primeira coisa que deve ser feita antes de pensar em um retrabalho é fazer um rigoroso controle dimensional. medir o volume de cada câmara de combustão, volume de cada duto, ângulos de entrada e saída de gases. posteriormente, verifica-se a vazão de cada duto dentro das condições de fluxo estabelecidas de acordo com o projeto que se quer por em prática.
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fala aí casantosef, esse assunto é muito interessante inclusive eu criei um topico hà alguns meses atras sobre a construção de uma bancada de fluxo caseiro e você disse que ia fazer um video explicando as etapas da construçao e seus cálculo. na internet é muito escasso dei informações como essa no nosso idioma.se você puder nos explicar e continuar postando informações interessantes como essa toda a comunidade do preparados vai te agradecer!
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peço desculpa a todos, e em especial a você fernandoa9, por isso, mas o fato é que o meu tempo está curto. por isso, comecei a preparar um material explicando o funcionamento de um banco de fluxo quase como uma apostila. além disso disponibilizarei uma série com 12 vídeos mostrando como construir uma bancada básica. não deixarei no facebook como os outros que fiz. estes terão um tratamento bem específico, pois os outros vídeos que fiz acabaram gerando um volume de perguntas que não tinha condição alguma de responder uma a uma. teve um vídeo sobre o fenômeno ram que no 3º dia eu recebi 436 e-mails com dúvidas e pedidos pra calculas as harmônicas e não dava pra fazer isso. no youtube terei um controle melhor sobre(pelo menos eu acho).