Montadora indiana lança carro mais barato do mundo
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http://br.invertia.com/noticias/noticia.as…55_red_60800590
o que é necessário para produzir o carro mais barato do mundo? para a tata motors, da ?ndia, que lançar? na quinta-feira seu carro de baix?ssimo preço, a pergunta a ser feita seria, na verdade, o que é desnecessário para produzi-lo. a montadora manteve o segredo sobre o modelo, mas entrevistas com fornecedores e outros envolvidos no processo de construção mostram alguns dos segredos de engenharia que permitiram reduzir os custos - entre os quais uma coluna de volante oca, um porta-malas que comporta apenas uma valise e um motor montado na traseira e não muito mais poderoso que o de um cortador de grama. o resultado é um carro que deve ser vendido por preão equivalente a apenas us$ 2,5 mil, o que representa o equivalente ao custo do player opcional de dvd disponível para o utilit?rio esportivo lexus lx 470. do lado negativo, o modelo provavelmente seria reprovado em quaisquer testes de poluição e segurança adotados no ocidente - e talvez também na ?ndia, que dentro de alguns anos deve impor padrões ambientais mais severos. mas o objetivo da tata não é colocar seu produto nas rodovias da calif?rnia. em lugar disso, a empresa planeja oferecer transporte em quatro rodas a pessoas acostumadas a contar com apenas duas, incluindo centenas de milhões de indianos e outros cidad?os de pa?ses em desenvolvimento. mesmo assim, o carro do povo (um apelido, porque a tata também preservou o segredo sobre o nome) pode vir a influenciar os veículos dirigidos por muitas pessoas em todo o mundo, já que é parte de uma tend?ncia mais ampla é produção de modelos menos dispendiosos, de parte das montadoras de autom?veis. o processo envolve basicamente descartar tudo aquilo que a ind?stria automobil?stica acreditava sobre estruturas de custo, no passado, tomar uma folha de papel em branco e perguntar o que é possível fazer, disse daryl rolley, diretor de operações norte-americanas e asi?ticas da ariba, uma empresa que localiza e fornece componentes para a tata, bmw, toyota e outras montadoras. nos próximos cinco a 10 anos, o setor automobil?stico será virado de cabeça para baixo. a alian?a franco-japonesa renault-nissan e a joint venture indo-japonesa maruti suzuki estão tentando descobrir como produzir carros de preão baix?ssimo para a ?ndia. e as montadoras ocidentais em crise estão prestando atenção, para determinar se a obsessão de cortar custos, desenvolvida pelas empresas de pa?ses em desenvolvimento, pode ajud?-las a melhorar sua lucratividade. alguns analistas estão prevendo que, da mesma maneira que os japoneses foram pioneiros de técnicas industriais como os sistemas kanban (ou just-in-time) e kaizen (melhora continuada do produto), os indianos poderiam exportar ao mundo uma espocie de engenharia é moda gandhi, combinando irrever?ncia quanto ?s maneiras convencionais de pensar a uma frugalidade nascida da escassez que ainda aflige os pa?ses em desenvolvimento. como disse o executivo automobil?stico indiano ashok taneja para descrever essa filosofia, se preciso de prata, por que investir em ouro? algumas das poucas pessoas que viram o carro o descrevem como um min?sculo e charmoso hatchback de quatro portas e cinco lugares, em formato de jujuba, pequeno na frente e largo na traseira, a fim de reduzir a resist?ncia do ar e permitir o uso de um motor de porte ainda menor. ? um bom carro, bonitinho, disse a. k. chaturvedi, vice-presidente de desenvolvimento de negócios na lumax industries, uma empresa de dáli que fornece os far?is e as lámpadas internas do modelo. o processo de corte de custos foi propelido pelos engenheiros da tata, que em projetos anteriores questionaram se caminhões precisavam mesmo de freios nas quatro rodas ou se poderiam funcionar com tr?s. na construção do novo modelo da montadora, por metade do preão da alternativa mais barata hoje disponível no mercado indiano, a filosofia que os orientou foi: isso é realmente necessário? o modelo que será lançado na quinta-feira não tem r?dio, direção hidr?ulica, janelas elétricas ou ar condicionado, e vem um com limpador de pora-brisas, e não dois, de acordo com fornecedores e informações fornecidas pela tata. contrariando os h?bitos dominantes, o carro não dispoe de medidor de giros e emprega um veloc?metro anal?gico, e não digital, de acordo com taneja, que até recentemente presidia a associação dos fabricantes de componentes automotivos da ?ndia, que representava muitos dos fornecedores da tata no momento em que estes assinaram com a montadora para participar do projeto. a frugalidade é o traão dominante também na parte mecânica do veículo, o que acarreta implicações ainda mais sórias em termos de durabilidade e segurança. para economizar us$ 10, os engenheiros da tata alteraram o projeto da suspensão a fim de eliminar o controle variável de ?ngulo dos far?is, que adapta o ?ngulo dos far?is ao nível de carga do veículo, disse chaturvedi, da lumax. em lugar da coluna de aão sólido que tipicamente conecta o volante ao eixo, um dos fornecedores, a sona koyo steering systems, está usando uma peça oca, disse kiram deshmukh, vice-presidente operacional da empresa, sediada em delhi. a tata optou por rolamentos de esfera que são resistentes o bastante para velocidades de até 70 km/h, mas que se desgastarão muito mais rápido caso essa velocidade seja ultrapassada, reduzindo a durabilidade do veículo sem amea?ar a segurança dos passageiros. a velocidade máxima do carro será de 120 km/h. reduzir o peso tornou menores os custos dos materiais e permitiu que a empresa adotasse um motor mais barato. pessoas familiarizadas com o carro descrevem que o motor montado na traseira, fabricado pelo grupo japon?s bosch, custa apenas us$ 700, e tem entre 600 cilindradas e 650 cilindradas e potência da ordem de 30 cavalos a 35 cavalos. em comparação, o honda fit, um dos menores autom?veis é venda no mercado norte-americano, tem 109 cavalos de potência. de acordo com especialistas setoriais, o carro opera com uma transmissão variável cont?nua, uma alternativa mais barata aos câmbios manuais ou autom?ticos. ainda que jamais tenha conquistado popularidade nos estados unidos porque a aceleração que permite é baixa, a transmissão cont?nua esteve em amplo uso na europa, em dácadas passadas, e ressurgiu no mercado norte-americano em veículos como o utilit?rio esportivo nissan murano e o h?brido toyota prius. embora a tata tenha revertido ao uso de tecnologias antigas para certos componentes - leonardo da vinci concebeu um elegante precursor da transmissão cont?nua, no sóculo 15 - suas práticas de aquisição de componentes são ultramodernas, disse rolley, da ariba, que ajuda tanto a tata quanto suas concorrentes internacionais a adquirir autopeças. as montadoras de autom?veis tradicionalmente mantém relacionamentos de longo prazo com seus fornecedores, mas as empresas do setor vêm gradualmente adotando sistemas eletrúnicos de obtenção de peças, usando leilões conduzidos via internet a fim de forçar fornecedores a concorrer por seus contratos. mas mesmo as montadoras mais eficientes obt?m de 10% a 15% de seus componentes por esse sistema, segundo rolley. no caso da tata, o total sobe a 30% ou 40%. os cr?ticos da montadora perguntaram como um modelo que reduz em milhares de dálares o preão m?dio do setor seria capaz de cumprir as normas ambientais e de segurança. a resposta pode estar no fato de que o modelo está surgindo em um estágio específico do desenvolvimento indiano, no qual h? dinheiro suficiente para que surja uma demanda forte por autom?veis, mas a regulamentação continua muito menor do que nos pa?ses desenvolvidos. funcion?rios da tata informaram que o modelo cumpre todas as normas indianas. mas elas estão mudando. as grandes cidades do pa?s planejam adotar o padrão de emissões euro iv em abril de 2010; o novo padrão requer emissões de enxofre 35 vezes mais baixas do que o euro iii, hoje, vigente, disse anumita roychowdhury, do centro de ci?ncia e meio ambiente de nova delhi. novas regras de segurança que tornariam obrigatérios airbags, freios com sistema antitravamento e testes de colisão compulsérios da carroceria também serão adotadas, ela acrescentou. roychowdhury disse que era improvóvel que o carro conseguisse manter seu atual preão populista, quando isso acontecer. e o carro pode ser mais prejudicial ao meio ambiente do que a empresa alega. ao contrário dos carros americanos, os veículos indianos não sofrem inspeções depois que entram em uso real, em estradas que muitas vezes causam danos aos sistemas de controle de emissões. michael walsh, consultor sobre poluição e ex-fiscal da ag?ncia de proteção ambiental (epa) norte-americana, diz que um carro assim barato provavelmente não disporia da tecnologia complexa necessária a manter seu nível inicial de emissões, e que sem tecnologias como essas os carros não demorariam a produzir quatro ou cinco vezes mais poluentes do que no momento em que deixam a linha de montagem. parece-me impossível que um veículo como esse seja um veículo muito limpo durante todo o seu ciclo de vida, ele disse. em entrevista recente, ratan tata, presidente do conselho do tata group, sugeriu também que a leveza do carro, embora favorável em termos ambientais, havia frustrado os esfor?os para torn?-lo seguro. teremos emissões muito mais baixas do que as dos carros baratos existentes, disse, mas acrescentou que os testes de emissões foram muito mais fáceis de superar do que o de colisão. na maior parte dos carros norte-americanos, os sistemas de segurança custam, só eles, mais de us$ 2,5 mil, de acordo com adrian lund, presidente do instituto das seguradoras para a segurança rodovi?ria. mas, acrescentou, se o que estamos discutindo na ?ndia é dar ?s pessoas uma chance de deixar de lado as bicicletas e motocicletas que as colocam em risco diante de veículos de maior porte, o ambiente de segurança do pa?s como um todo pode melhorar. mesmo que o modelo da tata jamais venha a ser utilizado em rodovias ocidentais, a filosofia sob a qual ele foi desenvolvido deve influenciar as montadoras internacionais, disse rolley, da ariba. as montadoras estão é procura de maneiras de fabricar carros pequenos para a classe média na ?ndia e china; de produzir carros pequenos para seus mercados internos, onde é preciso enfrentar as consequências adversas da alta da gasolina; e de melhorar os lucros propiciados pelos carros maiores que já estão em produção. o carro da tata será examinado em busca de lições aproveit?veis, disse rolley, prevendo que novos modelos seriam projetados tendo como par?metro b?sico o custo. um exemplo do passado recente envolve a nissan-renault, que começou a produzir modelos baratos em suas fábricas na rom?nia, e depois passou a aplicar as técnicas de engenharia de redução de custos ?s unidades que produzem modelos mais caros - por exemplo, produzindo portas menos curvas, o que permite que sejam empilhadas com melhor aproveitamento nos cont?ineres de transporte, de acordo com pauline kee, porta-voz da nissan. os consumidores dos pa?ses ricos talvez possam esperar mais do que colunas ocas de volante, far?is sem ?ngulo variável e porta-malas min?sculos. o processo não será diferente, diz rolley, daquele que as empresas norte-americanas seguiram nos anos 80, quando passaram toda a dácada estudando que técnicas japonesas de gestão tinham de adotar.
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prefiro andar de fusca.
essa economia porca é de fuder. pior é que parece ser um processo irreversável.
quando esse quadro se agravar, vou começar a fazer meu carro na garagem.
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pode ter certeza que terá mais qualidade, será mais seguro, mais economico, menos poluente, mais potente, etc…
nota pessoal: empresa indiana não é sória... isso aqui é um circo.
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wtf?
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se uma merda dessas vem pra cah eu quero ver se realmente teria fiscalização pra não deixar essas merdas irem parar nas rodovias..
imagina q lindo isso subindo a imigrantes a 30 por hora…
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quanto mais eu vejo esses carros novos mais eu gosto dos meus vws de pedreiragem